Todos nós precisamos de libertar a nossa agressividade. Todos nós escolhemos formas diferentes para o fazer. Francis Bacon optou pela pintura. Numa palavra diria que a sua arte é grotesca. Há quadros que não olho de frente. As cores são pouco comuns. Os temas chocantes. Não é com prazer que se assiste a uma exposição de Bacon mas com repulsa. Faz-nos entrar em contacto com partes de nós que queremos bem escondidas. Diria que é um agitador de tabus. Por mais infeliz que possa ter sido, tenho a certeza que Bacon, como poucos, aliviou o seu sofrimento deixando ao mundo muito com se “entreter”. Há outros quadros de Bacon muito mais “comerciais” e do ponto de vista artístico muito superiores, mas escolhi aquele que me pareceu mais adequado a representar aquilo que acho ser na verdade Francis Bacon…
Francis Bacon Study for a self-portrait, 1982
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