Monday, 9 June 2008

Cat Power - The Greatest

Hoje, mais cedo do que esperava, vi e senti o poder da Cat (ou caso prefiram, Charlyn Marie Marshall).
Percebi que esta mulher só podia ser o que é, artista. Não fala, só canta e dança. Comunica com o público por gestos desajeitados e por vezes desequilibrados. A dança só não a defino como sendo ridícula porque é tremendamente terna e inocente Em duas horas de espectáculo entrega a alma, o estômago e a própria vida ao público. Apenas lhe ouvi um modesto thank you durante todo o concerto. É claramente um destes seres que só sabe dar e não receber. Quer estar com o público e senti-lo. Salta para a plateia e por lá deambula. Por fim, restam-lhe as garrafas de água e os alinhamentos que distribui, teatral, pelos afortunados que se encontram nas primeiras filas.
Termino citando-me a mim própria "ainda a hei-de ver", acrescento agora, outra vez... Quem sabe, repetindo a história, mais cedo do que imagino… Obrigada A.

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